Postado 26 de outubro de 2022 em Saúde, Todos por Europa
Muita gente considera a água gaseificada como uma boa opção para hidratação. Afinal, seu sabor amargo e o efeito do gás dão uma outra cara à água. Assim, isso pode aumentar o consumo de água para algumas pessoas.
Por outro lado, o mesmo gás carbônico é encontrado em bebidas como refrigerante, que é prejudicial à saúde.
Portanto, restam muitas dúvidas a respeito das vantagens e desvantagens de consumir água gaseificada. Será que faz mal beber frequentemente? Será que ela é mesmo uma boa alternativa à água comum?
Primeiramente, vamos entender como ela é feita?
Muito utilizada em degustações de vinhos e cafés para limpar o paladar, a água gaseificada já tem séculos de história. Um pesquisador inglês tinha um estoque de dióxido de carbono disponível e resolveu gaseificar a água. Assim, a produção artificial desta bebida foi descoberta ainda no século XVIII.
À primeira vista, podemos imaginar que essa bebida só existe a partir de uma combinação artificial. Contudo, existem fontes naturais de água carbogasosa ou carbonatada.
Logo, este tipo provém de um processo natural, decorrente do aquecimento subterrâneo. Essas fontes estão em regiões que já registraram atividades vulcânicas e que têm o magma mais próximo à superfície. Por exemplo: Vergèze, no sul da França, bem como o Circuito das Águas, no sul de Minas Gerais.
Segundo especialistas, o gás natural dessas águas é formado pelo calor intenso do magma, que aquece o aquífero. Ele quebra as moléculas dos minerais contidos na água. Como resultado, são liberados vapores que, posteriormente, são incorporados como gases no líquido.
Quando não há gás carbônico suficiente para suportar, ele é adicionado artificialmente. Agora, confira as diferenças dos tipos de água gaseificada para a água mineral:
Retirada de fontes hidrominerais de áreas protegidas de poluição. Essa água é naturalmente potável e própria para o consumo humano.
Originária da fonte natural com dióxido de carbono, ou seja, naturalmente gaseificada. Como resultado, seu sabor é mais suave do que a água gaseificada.
Quando a água potável ou mineral passa pelo processo artificial mencionado no momento do envase.
O gás presente na bebida definitivamente não fica armazenado no organismo. Ele é eliminado rapidamente. Assim, a verdade é que não existem prejuízos diretamente associados ao consumo de água gaseificada. Por outro lado, ainda há muitas divergências de opiniões médicas e é importante ter cautela.
Esta água possui um pH um pouco mais ácido (5 – 6) do que a água mineral (pH 7 neutro). Portanto, pessoas portadoras de problemas gástricos como gastrites crônicas ou duodenites podem ter problemas. O consumo excessivo e a longo prazo de água gaseificada pode irritar a mucosa gástrica.
Além disso, o dióxido de carbono em excesso pode causar uma ligeira dilatação do estômago. Como resultado, a pessoa pode sentir um certo desconforto. Além disso, o consumo excessivo causa sintomas desagradáveis como arrotos, bem como flatulência.
Do mesmo modo, existem marcas de água que apresentam quantidades significativas de sal (sódio). O sal está ligado à insuficiência renal e ao aumento da pressão arterial, o que contribui para doenças cardíacas.
Pessoas com intolerância ao gás, diabéticas e com tendência à descalcificação dos dentes e ossos devem evitar a bebida. Para o restante das pessoas, o consumo deve ser sempre moderado.
A água gaseificada mantém os mesmos nutrientes da água sem gás. Do mesmo modo, ambas não possuem calorias.
E na hora das refeições, beber água gaseificada tem algum impacto? Aqui, as opiniões sobre os efeitos da bebida no corpo se dividem. Antes de mais nada, vale esclarecer que consumir qualquer bebida durante as refeições causa o efeito de distensão abdominal. O ideal é não beber nada ou limitar o consumo a 150 mL, ou seja, ¾ do copo americano.
De acordo com especialistas, em função do CO2, a água gaseificada pode intensificar a distensão abdominal. Assim, pode haver um consumo maior de alimentos em menos tempo. Isto porque fica mais fácil triturar os alimentos e engolir, mesmo sem mastigar ou saborear corretamente o alimento. Como resultado, tanto a qualidade da mastigação quanto a sensação de saciedade são prejudicadas.
Por outro lado, para pesquisadores japoneses, ela pode fazer o oposto: ajudar a saciar a fome. Segundo os dados obtidos em suas pesquisas, o consumo da bebida em jejum garante a liberação de gases. Com a dilatação do estômago, isso diminui a vontade de comer além do necessário.
Da mesma forma, há quem afirme que a água gaseificada pode ser uma alternativa aos remédios para azia e má digestão. Assim, a bebida ajuda a aliviar aquela sensação de inchaço e indigestão após as refeições.
Assim também, é uma ótima opção antes de apreciar o café e o vinho. A água gaseificada tem a capacidade de limpar as papilas gustativas. Logo, ela permite acentuar o sabor dessas bebidas.
Enfim, pudemos concluir que o consumo moderado da bebida não é prejudicial. Apesar disso, tornar essa escolha um hábito frequente, pode gerar complicações.
O consumo excessivo ou a longo prazo tende a agredir o sistema digestivo. Além disso, pessoas com problemas específicos já mencionados, devem evitar a água gaseificada.
Definitivamente, a melhor opção para manter a hidratação diária é a água potável normal, sempre purificada. Esta é a bebida ideal para repor o líquido que perdemos todos os dias.
Portanto, se quiser mudar um pouco a rotina de vez em quando, não há problema em beber água gaseificada. Diferentemente de refrigerantes, esta não é uma bebida gaseificada com alto valor calórico ou açucarada.
Porém, evite o consumo em excesso ou diário. Conhece alguém que toma muita água gaseificada? Então, compartilhe esse texto e ajude a esclarecer essas dúvidas!