Postado 16 de maio de 2015 em Todos, Tudo Sobre Água por Andreo
Você sabia que existem muitas divindades no mundo todo ligadas à água? Esse elemento essencial para a vida sempre participou de diversos mitos na história da humanidade. Diferentemente de hoje, que temos a água como um recurso, como algo que podemos comprar, nas sociedades primitivas a água fazia parte de um universo simbólico, tendo seu valor próprio e assumindo um papel de divindade para diversos povos e culturas.
Nessa série, vamos conhecer mais sobre os mitos, deuses e lendas relacionados à água, de diversas origens. Para começar, escolhemos um dos mais conhecidos deuses da água da cultura ocidental: Poseidon, o deus dos mares.
Deus grego Poseidon era o grande rei dos mares para os gregos. Conhecido também como Netuno, na mitologia grega, era filho dos titãs Cronos (deus do tempo e da agricultura) e de Reia (deusa da fertilidade e Mãe dos Deuses). Junto com seus irmãos Zeus, Hades, Héstia, Hera e Deméter, derrotou os titãs e assumiu o poder do mundo, ficando com o domínio dos oceanos para si na divisão feita entre os irmãos.
Poseidon morava em um palácio, no fundo do mar Egeu e frequentemente aparece representado nu, como um homem forte, de barbas longas, que anda sempre com um tridente nas mãos. Como todo bom rei, ele também tinha a sua carruagem, que era puxada por cavalos comuns ou animais marinhos, como golfinhos ou cavalos marinhos, por exemplo, e estava sempre acompanhado de poderosas criaturas, como polvos e serpentes marinhas.
Você pode se perguntar por que cavalos comuns, que normalmente correm sobre os gramados, aparecem muitas vezes associados ao deus dos mares? Acontece que Poseidon também era tido como o deus dos cavalos e dos touros, devido às sua forte característica de força viril e indomável, e por estes animais serem vistos fortes como as ondas do mar. Assim, em muitas cidades gregas recebia o nome de Hippios (eqüestre). Na Tessália eram organizadas corridas de cavalos em seu louvor. Não é à toa que Poseidon é considerado o pai de Pégasus, o cavalo alado gerado por Medusa.
Mesmo com os vários casos amorosos de Poseidon, existiu uma rainha dos mares e o nome dela era Anfitrite. No início, essa ninfa se recusou a casar-se com o rei dos mares e se escondeu para fugir das investidas de Poseidon. Depois, mudou de ideia e aceitou o seu pedido, tendo com o rei um filho chamado Tritão e muitas ninfas marinhas.
No seu papel de governante, sabia de tudo que se passava em seu reino e era um deus muito temido, pois todos achavam que seu comportamento era imprevisível, misterioso e intempestivo – assim como o mar. Com o seu tridente, Poseidon trazia a seca ou a inundação e podia criar maremotos e terremotos, mas também fazia brotar água das rochas e do solo e salvava muitos marinheiros do naufrágio.
Participou de mitos e passagens da história grega, disputando pelo domínio da cidade de Atenas e até mesmo ajudando os gregos na famosa Guerra de Tróia. Na Grécia e na Itália, lugares em que Poseidon (ou Netuno) foi um dos deuses mais adorados, existiam muitos templos e esculturas em homenagem ao deus dos mares. Em seu nome foram feitas muitas poesias e músicas, além de festas e espetáculos solenes.