Postado 18 de outubro de 2021 em Saúde, Sustentabilidade, Todos por Andreo
É fácil concluir, pelo próprio nome, que microplástico é uma pequena partícula de plástico. Alguns pesquisadores consideram 1 milímetro como o tamanho máximo deste material. Por outro lado, existem aqueles que afirmam que as partículas podem chegar até 5 milímetros.
A demanda pelo plástico só tem crescido nas últimas décadas. Basta olhar ao seu redor para encontrar diversos produtos feitos a partir deste material tão versátil. De celulares a embalagens de comida, ele está presente em todo canto. Assim, é quase impossível não consumir plástico no dia a dia.
Definitivamente, o problema maior está no descarte incorreto de todo este lixo produzido. Das 11,3 milhões de toneladas de plástico produzidas anualmente, apenas 1,38% passa pelo processo de reciclagem. Por isso, é essencial ficar atento ao microplástico que é lançado no meio ambiente e que pode acabar no nosso organismo.
Você pode não perceber, mas é possível encontrar microplástico nos mais variados lugares. Nos nossos lares, no trabalho, nos alimentos, bem como na água e no ar que respiramos.
Afinal, como o microplástico vai parar no meio ambiente? Como mencionamos anteriormente, uma das principais causas é o descarte incorreto do plástico. Desprendidas das embalagens, as partículas de plástico grudam em partículas poluentes.
Elas também podem ser descartadas como efluentes e, assim, entram no sistema de tratamento de esgoto. Da mesma forma, o microplástico pode ser ingerido por animais e acabar entrando na cadeia alimentar.
À primeira vista, lavar roupas, movimentar-se e fazer a cuidar da sua higiene pessoal parecem inofensivos, certo? Pois saiba que em todas estas atividades, é possível soltar partículas de plástico no meio ambiente.
Boa parte das roupas contêm fibras sintéticas de plástico. Dentro da máquina de lavar, elas se desprendem e acabam sendo enviadas para o esgoto. Assim também, quando usamos roupas sintéticas, o simples atrito de um membro com o outro pode dispersar microplástico no ar.
Alguns sabonetes, cremes e pastas podem causar danos ao meio ambiente. Em sua composição, esses produtos contêm partículas de polietileno. Logo depois do uso, elas caem diretamente na rede de esgoto.
Juntamente com o microplástico, existem outros contaminantes quase invisíveis emergentes na água. Resíduos de medicamentos, bem como químicos industriais são perigos invisíveis nos corpos hídricos.
Mesmo quando a água passa por estações de tratamento, não é possível garantir que o microplástico é eliminado. Não existe controle específico destas partículas, já que esta não é uma exigência da Portaria em vigência.
De acordo com estimativas, uma pessoa pode engolir o equivalente a um cartão de crédito por ano em microplástico. O corpo se encarrega de eliminar grande parte disso pelo intestino ou pela uretra. Por outro lado, pesquisadores e cientistas já estão dando atenção aos efeitos destas partículas no organismo.
Segundo estudos publicados pelo mundo, o microplástico se relaciona com os humanos constantemente. Ele já está presente na água da torneira, na atmosfera, no leite materno, na placenta de gestantes e até na urina dos bebês.
Alguns microplásticos são tóxicos e estão ligados a disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas. Ao ser inalado, o microplástico pode afetar o sistema respiratório com manifestações inflamatórias e doenças intersticiais. Dessa forma, é possível ocasionar falta de ar, tosse e até fibrose do tecido pulmonar.
Ingeridas ou inaladas, as partículas podem ser absorvidas por vários órgãos, danificando células ou gerando reações inflamatórias ou imunológicas. O microplástico pode ainda abrigar micróbios e germes nocivos, ou liberar compostos químicos para o nosso corpo.
Já no meio ambiente, estas partículas atuam como captadores de poluentes orgânicos persistentes (POPs). Os POPs são altamente nocivos e podem causar disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas em animais e humanos.
O microplástico pode ser igualmente prejudicial para o crescimento das plantas e para a vida animal. Quando presentes no solo, essas partículas podem reduzir a biomassa total das plantas, afetando seu rendimento e valor nutricional.
Nos oceanos e fora deles, os impactos do microplástico são ainda mais prejudiciais. Aves, répteis, peixes e anfíbios são profundamente afetados por este material. Pesquisas recentes constataram que 30% dos peixes amazônicos têm o intestino contaminado por partículas plásticas. As partículas ingeridas podem reduzir a população animal, causar deformidades sexuais, retardar o desenvolvimento de ovos, entre outros problemas.
Afinal, é possível não consumir essas partículas quase invisíveis e já tão disseminadas? Não existe solução mágica para acabar com este problema em grande escala. Por outro lado, é possível tomar algumas medidas para evitar um alto nível de consumo e danos ainda maiores para o meio ambiente.
O microplástico está presente no ar, na cadeia alimentar e na água que vem da torneira. Dessa forma, ter um purificador em casa é uma boa medida para evitar o contato indesejado com este material.
Os produtos de melhoria da qualidade da água, como filtros e purificadores retêm as partículas por filtração. Logo, todos os produtos (de todos os fabricantes) são ensaiados e devem ter essa Classificação (NBR 16098) definida.
Na nossa linha, temos diversos produtos capazes de eliminar o microplástico, especialmente aqueles com módulo de retenção de bactérias. Produtos naturais como o Da Vinci HF, juntamente com refrigerados como o Summer Line HF têm retenção de partículas Classe A. Isso significa que são capazes de eliminar quaisquer partículas dentro da faixa de ≥0,5 a <1 µm.
Para ajudar o meio ambiente e cuidar da sua saúde de outras formas, fique de olho nas seguintes dicas:
Segundo a opinião de especialistas, para enfrentar o desafio do microplástico, é preciso atuar em 3 frentes. Primeiramente, reduzir ao máximo a quantidade de plástico de uso cotidiano. Fortalecer os processos de coleta e reciclagem de plástico é igualmente importante. E mais a longo prazo, investir no desenvolvimento de novos materiais semelhantes, com tempo reduzido de degradação.
Se gostou deste texto, compartilhe com quem você conhece! O meio ambiente e a saúde das pessoas agradecem!